sexta-feira, 22 de abril de 2016

DURANTE REUNIÃO, MORADORES DE CONDOMINIOS DO GRANDE COLORADO EXPLICAM QUE NÃO CONCORDAM EM PAGAR NOVAMENTE POR SEUS LOTES


No último dia 17, membros da Comissão Executiva do Movimento dos Moradores da Fazenda Paranoazinho, acompanhados de seus advogados, participaram de reunião com o secretário de Habitação (Segeth), Tiago Andrade, juntamente com o presidente da Urbanizadora Paranoazinho (UPSA), atual proprietária da área onde estão os 52 condomínios daquela região, e o administrador de Sobradinho, Divino Sales.
Na abertura do encontro, Armando Rollemberg, do Condomínio Colorado II, em nome da Comissão de moradores, mencionou que a formação do Fórum foi um importante avanço neste governo, o que ajudou na organização dos moradores, legitimando as lideranças na reivindicação de seus direitos de tratar as questões afetas aos condomínios, comércios e chácaras dos Bairros Colorado, Contagem e Boa Vista.

Nova Cobrança - Armando explicou ainda que a Comissão não concorda com a cobrança dos terrenos que está sendo feita pela Urbanizadora Paranoazinho (UPSA), uma vez que os moradores já pagaram por seus lotes aos herdeiros do espólio de José Cândido de Souza. Ele lembrou que os moradores investiram grandes somas e recursos na infraestrutura da região, com consequente valorização para todos.
Ele deixou claro ser estranho o fato da Urbanizadora ser a única interlocutora (junto ao Governo) nas questões de regularização dos condomínios da região.

Projeto de muros e portaria - O representante do Jardim Europa II, Carlos Cardoso, enfatizou o interesse dos moradores na regularização, lembrando que é da competência do poder público o envio de Projeto de Lei à Câmara Legislativa que garanta a manutenção dos muros e guaritas, “pois este assunto é de grande relevância para a comunidade, e que irá garantir maior segurança e  qualidade de vida aos moradores”. O assunto teve o apoio da presidente da Unica.
Para o representante dos moradores, Enildo Amaral, da “maneira como está sendo conduzida a regularização, impõe a aceitação como loteamento aberto, e que este é um aspecto importante de divergência em relação às negociações com a Urbanizadora”. Antes de encerrar, ele lembrou que é preciso que os moradores tenham o direito de representatividade junto ao poder público e de acesso pleno às informações do processo de regularização.
O presidente da UPSA, Ricardo Birman, deixou claro que não é contrário as portarias e muros e que está disposto a ajudar nessa proposta, inclusive disponibilizando o corpo jurídico da empresa para analisar a questão, “mas que a empresa não tem condições de discutir a regularização que não seja no modelo permitido por lei”. Ele deixou claro que não irá “suspender o processo de regularização só porque não existe uma lei de muros e portarias”.

Usucapião - Para a advogada dos moradores, Maria Olímpia, o governo deveria suspender o processo de regularização até que os processos de ações de usucapião fossem resolvidos no judiciário. Ela citou a regularização do Mansões Colorado, enfatizando que houve um dos “maiores absurdos jurídicos, pois mesmo com a existência de ações envolvendo moradores contrários à negociação, o juiz enviou o processo ao cartório para registro”. Para a advogada, este é um processo nulo, pois está em desacordo com o rito jurídico, portanto, com ilegalidades insuperáveis, o que significa que haverá recurso em segunda instância.


Ao encerrar a reunião, o secretário da Segeth, Tiago Andrade, deixou claro que a lei de condomínios não será tratada neste fórum e não esclareceu de que maneira dará  (ou se dará) encaminhamento ao assunto. Ele concordou com a proposta de dar conhecimento aos moradores de todo projeto urbanístico da região e para tanto será realizado um evento de dois dias com os moradores para que tenham conhecimento dos projetos urbanísticos e do andamento do processo de regularização.

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